Grande ABC tem seguro mais caro que
na Capital
Yara Ferraz
Fonte: Do Diário do Grande ABC
Fonte: Do Diário do Grande ABC
O seguro de automóveis é cada vez mais essencial para o motorista, seja
para se prevenir em caso de roubo do veículo ou de acidentes. O preço desse
serviço nas principais cidades do Grande ABC, porém, sai mais caro do que na
Zona Sul de São Paulo. Dependendo do município, o valor também é maior do que
na Zona Norte e na Baixada Santista.
Simulação realizada pelo Sincor-SP (Sindicato dos Corretores de Seguros
no Estado de São Paulo) com exclusividade para o Diário mostra que os preços
entre bairros de cinco cidades da região variam de R$ 2.183,30 a R$ 2.878,14.
Isso considerando um Renault Sandero 1.0, ano 2010, cujo condutor é uma mulher
casada, entre 18 e 24 anos, com filho de até 18 anos. Para efeito de
comparação, na Zona Sul paulistana o valor cai para R$ 1.909,72.
A principal justificativa para os altos valores são os índices de roubo
e furto de veículos nas sete cidades. O Grande ABC foi responsável por 51,3%
das ocorrências desse tipo na Região Metropolitana, sem incluir a Capital,
registradas nas delegacias do Demacro (Departamento de Polícia Judiciária da
Macro São Paulo).
O número de ocorrências nas sete cidades saltou de 15.430 em 2012 para
18.471 em 2013, considerando os meses de janeiro a setembro – dados mais
recentes divulgados pela Secretaria Estadual da Segurança Pública. Aumento de
19,7%.
Na Capital, o crescimento foi de 10,4%, para 73.541 registros e, na
Região Metropolitana como um todo, houve alta de 6,4%, com 35.938 queixas.
A cidade que tem a franquia mais em conta é São Caetano, considerando o
bairro Vila Gerty (R$ 2.183,30). Na outra ponta, a mais cara é Diadema, no
Centro (R$ 2.878,14). O Zaíra I, em Mauá, é o segundo mais caro (R$ 2.805,99),
em seguida vem o Rudge Ramos, em São Bernardo (R$ 2.733,15).
“Cada companhia tem as próprias estatísticas internas de roubo de
veículos. Em cima desse número, ela vai colocando seus preços, de acordo com o
CEP de cada bairro”, explica Arnaldo Odlevati Junior, diretor responsável pelo
Sincor-SP na região.
Para Odlevati Junior, o que também contribui para elevar o preço do
serviço no Grande ABC são as condições de tráfego. “Há um intenso volume de
carros na região. São cidades movimentadas, o que influi no índice de
sinistros. Além disso, é fácil o acesso às rotas de fuga, que cruzam os
municípios (como a Avenida dos Estados e a Rodovia Anchieta).”
CUIDADOS - O perfil do motorista e das outras pessoas que vão utilizar o
carro são fatores que pesam na formação do preço. Por exemplo, quando o
segurado tem filhos de 18 anos com habilitação, o valor fica maior do que
aquele que possui filhos que não dirigem. A idade do condutor e o sexo também
ajudam na oscilação do custo.
“A seguradora enxerga que uma pessoa de 18 anos é diferente de quem tem
50, que é alguém com habilitação há mais tempo e que tem mais cuidados. Ou
seja, quanto mais jovem, maior o custo”, afirmou o corretor da Barra Brava
Seguradora, de Santo André, Adriano Klerer.
Apesar das diferenças no valor que a informação pode gerar, é essencial
que o segurado não omita nenhum dado ao corretor, pois, se isso acontecer, a
operadora de seguros pode se negar a pagar por algum dano que venha a
acontecer.
“A seguradora não vai buscar artifícios para não pagar quando algo
acontece, porém, há uma investigação, e se o cliente mentir, ela acaba
descobrindo”, advertiu Klerer.
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